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Por que o preço de viagens varia tanto? Revenue Management

1 de dezembro de 2022 3 min.
Por que o preço de viagens varia tanto? Revenue Management

Muitas vezes planejamos uma viagem e encontramos um hotel com um preço bem atrativo, mas deixamos para reservar depois. Quando voltamos para efetuar a compra, as vezes até no mesmo dia, o preço já está completamente diferente. Todo mundo fica se perguntando: “Qual o melhor dia para comprar passagens?”, “Reservar hotel durante a madrugada tem desconto?”. Infelizmente, não existem respostas para essas perguntas. Entretanto, essa oscilação de preços é essencial para garantir um bom resultado para as empresas e é chamada de Revenue Management.
Revenue Management consiste na aplicação de ferramentas analíticas para prever o comportamento do consumidor, a fim de customizar a estratégia de preços das companhias para atingir diferentes segmentos de clientes em diversos momentos de compras. De forma mais clara, é “vender o produto certo, para o cliente certo, no momento certo e ao preço certo”. O objetivo da técnica é maximizar a receita da companhia através da aplicação de uma estrutura dinâmica de preços.
Apesar de ser uma técnica muito atrelada a empresas no setor de viagens, vem sendo cada vez mais difundida e já está presente em diversos outros setores. Entretanto, é preciso ter cuidado. É essencial que a empresa tenha diretrizes estratégicas muito bem definidas para que a estratégia de preços seja aderente ao objetivo a ser alcançado. Como exemplo, podemos citar o uso de promoções por parte das operadoras telefônicas. Muitas vezes nos deparamos com promoções que reduzem significantemente o valor dos planos de telefonia para um determinado número de meses. O objetivo da empresa não é vender mais em um mês específico, mas sim a fidelização do cliente – seja compulsoriamente por contrato ou através da qualidade do serviço prestado – para os meses seguintes a promoção, onde a estrutura de preços será alterada e garantirá ganhos de longo prazo.
Para serviços não recorrentes, como hotéis e passagens, além de promoções, existem outras variáveis que norteiam a estrutura de preços. As empresas do setor de viagens, possuem complexas estruturas de preço que variam conforme a antecedência de compra, o estoque (taxa de ocupação) e a sazonalidade. As empresas conseguem fazer um mix em sua ocupação para conseguir alocar os passageiros corretos para os produtos corretos, maximizando assim a estrutura de preços. Ajuste é a palavra-chave, é importante que a revisão seja em nível micro, para não deixar nenhuma oportunidade na mesa. Em um mercado de grande incerteza e flutuações, as empresas precisam reavaliar com frequência as suas estratégias.
E é por isso que o preço de viagens varia tanto. As empresas fazem uma constante reavaliação da estrutura de preços, buscando maximizar as suas receitas através da correta alocação dos diversos perfis de passageiros. A lógica de mercado não é vender tudo o mais rápido possível a um determinado preço, e sim vender ao longo do tempo em um mix de tarifas ideais, atraindo os mais diversos perfis de consumidores e maximizando os retornos.

Para as empresas, o Revenue Management pode ser uma ferramenta para alavancar de forma eficiente os seus resultados. Para os consumidores, nem sempre essa oscilação é negativa, muito pelo contrário. Especificamente no caso de viagens, para quem consegue se programar com antecedência e/ou tem flexibilidade para viajar em horários alternativos, a variação de preços pode trazer excelentes oportunidades.

Por: Mauro Suman, Consultor de Gestão.

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    Você já deve ter ouvido falar sobre o Orçamento Base Zero, ou OBZ, inúmeras vezes. Mas já se perguntou de onde veio essa metodologia e qual é a história por trás dela? Para entender sua trajetória e adoção ao longo dos anos, precisamos voltar cerca de 80 anos.

    Tudo começou no início da década de 1960, no Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Em 1961, durante o governo de John F. Kennedy, Robert McNamara, então Secretário de Defesa, enfrentava um grande desafio: definir metas e prioridades claras para o departamento. Na época, o mundo vivia o auge da Guerra Fria, com uma intensa corrida armamentista, e era crucial alinhar as prioridades com o orçamento disponível.

    Foi então que McNamara desenvolveu a primeira metodologia estruturada de orçamentação, chamada de Planning, Programming, and Budgeting System (PPBS). Curiosamente, muitas das metodologias de gestão que usamos hoje têm suas raízes no setor militar.

    Avançando para 1970, Peter Pyhrr, gerente de contabilidade da Texas Instruments, enfrentava um problema semelhante. Inspirado pela metodologia de McNamara, ele criou o que hoje conhecemos como Orçamento Base Zero (OBZ). A Texas Instruments tinha diversos projetos de P&D, mas um orçamento limitado. A questão era: quais projetos cortar?

    Pyhrr desenvolveu uma metodologia de priorização que considerava custo, risco e os resultados esperados de cada projeto. O sucesso foi tão grande que ele expandiu a abordagem para todos os tipos de custos e despesas. No mesmo ano, ele publicou um artigo na Harvard Business Review detalhando a metodologia e os resultados alcançados. Em 1973, lançou seu livro Zero-Based Budgeting, consolidando a metodologia.

    E aqui a história fica ainda mais interessante: Jimmy Carter, então governador da Geórgia e futuro presidente dos EUA, convidou Pyhrr para implementar medidas de redução de custos no governo estadual. Na época, a Geórgia enfrentava um sério déficit fiscal, mas, com a aplicação do OBZ, conseguiram cortar gastos, aumentar a eficiência e reverter o cenário.

    Assim, o OBZ mostrou-se altamente eficaz não apenas no setor privado, mas também no público. Inicialmente adotado por empresas em crise, na década de 1990, até organizações saudáveis passaram a utilizá-lo para economizar recursos e reinvestir em oportunidades de crescimento.

    Hoje, o OBZ é uma ferramenta versátil, aplicável a empresas de todos os portes e setores, em diversas situações.

    A BPI Consultoria é referência na aplicação desta metodologia com dezenas de projetos bem-sucedidos implantados no Brasil e exterior.

    Mais informações: https://www.bpiconsultoria.com/solucoes/orcamento-base-zero-obz/